Ciência
já estabeleceu ligação entre obesidade e perda de volume cerebral :
Estudiosos encontraram uma ligação evidente entre o Índice de
Massa Corpórea (IMC), usado para indicar o nível de obesidade, e um aparente
deficit de memória: quanto mais alto o IMC do voluntário, pior ele se saía na
tarefa.
Surpreendentemente, o estudo também mostra que a relação
entre a obesidade e a memória é uma via de mão dupla: estar acima do peso não
só tem um impacto sobre o que somos capazes de recordar como também pode influenciar
o comportamento alimentar no futuro, ao alterar nossas lembranças de
experiências passadas envolvendo comida.
Obesidade
e 'idade mental' :
O problema é mais evidente no hipocampo, uma estrutura
cerebral profunda que tem a função de aprender e guardar memórias - muito menor
em obesos do que em pessoas mais magras.
Um
estudo mais recente que realizou tomografias cerebrais de mais de 500
voluntários confirmou que há uma ligação entre estar acima do peso ou obeso e
apresentar um grau mais avançado de degeneração cerebral por causa da idade.
Esses efeitos eram mais acentuados em pessoas na meia-idade,
nas quais as mudanças relacionadas à obesidade correspondem a um aumento de
cerca de dez anos na "idade mental".
Menos
memória, mais quilos:
Mas a obesidade é um distúrbio complexo, causado por muitos fatores.
Por isso, ainda não se sabe exatamente como ela afeta a estrutura cerebral e
sua função.
Segundo estudos, há um ciclo vicioso entre obesidade e
memória
Uma inflamação no cérebro também pode ser um dos fatores.
Psicólogos da Universidade do Arizona descobriram que o IMC alto está associado
ao declínio da memória e a altos níveis de uma proteína que indica inflamação.
Isso é algo preocupante, ainda mais com as recentes
evidências de que a atenção e a memória controlam o apetite e o comportamento
alimentar. O que significa que um deficit de memória poderia provocar um ganho
de peso.
A atenção e a memória são elementos independentes entre si,
mas ligados estreitamente. Não podemos nos lembrar de algo ao qual não
prestamos atenção, assim como também nossa lembrança de algo tende a ser mais
vívida quanto mais pensamos nela.
Por isso, é possível que uma memória vívida de um almoço
pode reativar o estado psicológico do organismo, o que reduz a fome e,
consequentemente, o tamanho da próxima refeição.
Por outro lado, alguém que está distraído durante o almoço
pode sentir uma ausência de lembranças e, ao pensar no jantar, pode ter mais
fome.
Esse ponto é particularmente interessante, principalmente
porque há indícios de que comer demais é algo que pode prejudicar a memória. Ou
seja, o excesso de comida e os problemas de memória se reforçam mutuamente,
colocando o indivíduo em um ciclo perigoso.
Fonte : site R7.com
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