segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

MENOS MEMÓRIA MAIS QUILOS

Ciência já estabeleceu ligação entre obesidade e perda de volume cerebral :
Estudiosos encontraram uma ligação evidente entre o Índice de Massa Corpórea (IMC), usado para indicar o nível de obesidade, e um aparente deficit de memória: quanto mais alto o IMC do voluntário, pior ele se saía na tarefa.
Surpreendentemente, o estudo também mostra que a relação entre a obesidade e a memória é uma via de mão dupla: estar acima do peso não só tem um impacto sobre o que somos capazes de recordar como também pode influenciar o comportamento alimentar no futuro, ao alterar nossas lembranças de experiências passadas envolvendo comida.
Obesidade e 'idade mental' :

O problema é mais evidente no hipocampo, uma estrutura cerebral profunda que tem a função de aprender e guardar memórias - muito menor em obesos do que em pessoas mais magras.
Um estudo mais recente que realizou tomografias cerebrais de mais de 500 voluntários confirmou que há uma ligação entre estar acima do peso ou obeso e apresentar um grau mais avançado de degeneração cerebral por causa da idade.
Esses efeitos eram mais acentuados em pessoas na meia-idade, nas quais as mudanças relacionadas à obesidade correspondem a um aumento de cerca de dez anos na "idade mental".
Menos memória, mais quilos:

Mas a obesidade é um distúrbio complexo, causado por muitos fatores. Por isso, ainda não se sabe exatamente como ela afeta a estrutura cerebral e sua função.
Segundo estudos, há um ciclo vicioso entre obesidade e memória
Uma inflamação no cérebro também pode ser um dos fatores. Psicólogos da Universidade do Arizona descobriram que o IMC alto está associado ao declínio da memória e a altos níveis de uma proteína que indica inflamação.
Isso é algo preocupante, ainda mais com as recentes evidências de que a atenção e a memória controlam o apetite e o comportamento alimentar. O que significa que um deficit de memória poderia provocar um ganho de peso.
A atenção e a memória são elementos independentes entre si, mas ligados estreitamente. Não podemos nos lembrar de algo ao qual não prestamos atenção, assim como também nossa lembrança de algo tende a ser mais vívida quanto mais pensamos nela.
Por isso, é possível que uma memória vívida de um almoço pode reativar o estado psicológico do organismo, o que reduz a fome e, consequentemente, o tamanho da próxima refeição.
Por outro lado, alguém que está distraído durante o almoço pode sentir uma ausência de lembranças e, ao pensar no jantar, pode ter mais fome.
Esse ponto é particularmente interessante, principalmente porque há indícios de que comer demais é algo que pode prejudicar a memória. Ou seja, o excesso de comida e os problemas de memória se reforçam mutuamente, colocando o indivíduo em um ciclo perigoso.
Fonte : site R7.com



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