Vem chegando o verão e, com ele, a
necessidade de se hidratar mais. E é bom caprichar mesmo porque a temperatura
promete subir muito em janeiro e fevereiro. Uma pesquisa realizada pela agência meteorológica do Reino
Unido mostra que 2017 será um dos anos mais quentes de que se
tem notícia. A razão para isso é a combinação entre os efeitos do El Niño —
fenômeno atmosférico que aquece águas dos oceanos e altera o clima global — e
os gases do efeito estufa.
Para ajudá-lo a encarar o sol e a praia
que estão a caminho, selecionamos uma lista de bebidas e alimentos que
hidratam, refrescam e espantam o calor. Você vai conhecer prós e contras de
cada para fazer as suas escolhas.
Águas aromatizadas ou saborizadas
Elas chegaram com tudo. Estão na moda e
marcam presença em restaurantes e bares, sendo apreciadas principalmente por
quem acha a água sem graça. Mas são saudáveis? As versões naturais, que você
prepara em casa, sim.
As industrializadas, ao contrário,
abusam dos corantes artificiais, conservantes e acidulantes (usados para
intensificar o sabor dos alimentos e bebidas). Algumas têm ainda adoçante e
sódio.
Além das versões saborizadas
artificialmente, o mercado possui agora farta oferta de uma bebida vendida com
vitaminas, minerais e energéticos em cápsulas – cujo conteúdo deve ser
adicionados ao líquido da garrafa. É mais um desses modismos de academia.
“Parece água, mas não é. A promessa é de que esses produtos aumentem a energia
ou acalmem.
Essas bebidas contêm princípios ativos
e extratos que até podem ser uma opção interessante. Porém, é imprescindível
contemplar a presença de açúcar em sua composição e o preço (que chega a 100
reais a unidade) antes de optar por qualquer uma.
Chá gelado
Não dá para negar que um chá geladinho
ajuda a driblar a sede. Mas, diante da variedade de produtos disponíveis, qual
escolher? A melhor opção será sempre a natural, sem açúcar e à base de ervas,
flores e especiarias, como erva-mate, hibisco, camomila e gengibre.
Preparado com água e um ingrediente
principal, esse tipo de bebida preserva antioxidantes e substâncias
anti-inflamatórias. Cuidado apenas com a procedência da erva e com a quantidade
de chá ingerida. Compre esses produtos em estabelecimentos de confiança,
verifique se não estão mofados e se não apresentam sujidade.
Essas ervas possuem princípios ativos que, se consumidos com frequência e em
grande quantidade, podem fazer mal aos mais sensíveis. A dica é variar.
Já os chás industrializados,
disponíveis em saquinhos, garrafas e até latas, são sem dúvida práticos. Porém,
também são mais pobres do ponto de vista nutricional. A maioria tem pouca
quantidade de polifenóis –compostos encontrados nos alimentos e que varrem as
toxinas do organismo, por exemplo.
Tais compostos se perdem durante o
processo de produção dessas bebidas, que têm sabor alterado com a adição de
açúcar ou adoçantes. Alguns chás industrializados contêm conservantes e
corantes. Por isso, sempre indico os que são feitos com as ervas e, na ausência
deles, os de saquinho.
Vale lembrar que a ingestão desse
carboidrato não deve ultrapassar 10% do valor calórico total do dia, como
recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Um adulto que consome em torno
de 2 mil calorias ao dia pode ingerir, no máximo, 200 calorias provenientes do
açúcar, que é algo em torno de 50 gramas.
Água de coco
Um das deliciosas vantagens do verão é
aproveitar praias, parques e praças — e se lambuzar com uma refrescante água de
coco. O líquido é naturalmente rico em água e minerais que auxiliam na
hidratação. Além da água da fruta, podemos consumir a carne do coco. Ela é
gostosa e carrega fibras e gorduras que garantem a saciedade por mais tempo.
Em um copo de 200 mililitros dessa
bebida há 93% de água. O restante é composto por açúcar, proteínas, sais
minerais e fibras.
È melhor comprar o coco fresco, abri-lo
e fazer cubos de gelo com sua água. Esses cubos servirão para preparar sucos
naturais e até smoothies, preservando as propriedades da fruta.
Nutricionistas admitem o consumo da água em caixinha como alternativa
para os dias de pressa e para quem não encontra a fruta com facilidade. Mesmo
assim, a ingestão deve ser moderada – justamente pela presença de açúcar e
conservantes nessa versão.
Sucos naturais e industrializados
Mais uma vez, as nutricionistas
preferem os naturais ou a versão integral em caixinha. “Por serem feitos com
ingredientes frescos, eles mantêm os nutrientes”, ensinam. Elas reforçam que, entre os industrializados, é bom ficar de
olho na presença de açúcar e evitar os néctares e refrescos, que
apresentam um percentual pequeno de fruta na composição.
Para ser considerada um suco, a bebida
precisa ter pelo menos 50% de polpa da fruta e água (sem nenhuma substância
estranha). Já o néctar deve conter até 30% de fruta, açúcar e aditivos
químicos, como corantes. Nesse balaio, não dá pra negligenciar os refrescos
(com 8% de fruta e muito açúcar) e o suco concentrado (ele tem menos açúcar que
o néctar, é mais barato e leva corantes, aromatizantes e conservantes). Já o
produto integral não carrega conservantes nem é adoçado artificialmente.
No entanto, se no momento de escolha
você só tiver o néctar, não precisa se martirizar. Por exemplo: dificilmente você fará um suco
puro de maracujá ou de limão. Então, não tenha medo se, às vezes, recorrer a
esses produtos. Mas analise para ver se vale a pena.
Açaí na tigela
Não abre mão dessa delícia originária
da Amazônia e está no grupo dos que precisam controlar a ingestão de açúcares?
Então fique de olhos abertos: a maioria das versões vendidas nas ruas têm
adição de xarope de milho.
Arriscaria que 99% dos que são vendidos
têm esse ingrediente. Ele é pior que o açúcar refinado, porque sobrecarrega o
organismo de forma geral. É importante
checar o rótulo para adquirir os que contenham a polpa de açaí.
Garantimos: não é necessário adicionar
xaropes como o de guaraná na tigela. As frutas e os cereais já dão um gosto
especial. Mas se está sentindo falta de um docinho, considere o açúcar mascavo
ou mesmo o de coco..
Água mineral
A água deve ser ingerida pura e estar sempre
disponível. Ela é a nossa principal fonte de hidratação. Uma dica para saber se
você está bebendo a quantidade ideal é observar a cor da urina, que deve ser
clara.
Nas ruas, o principal cuidado é comprar
uma água mineral de fonte ou empresa reconhecida. Sempre a adquira em um
comércio formal, que forneça nota fiscal. Nesses locais, o risco de levar um
produto adulterado é menor. Como as águas são extraídas de fontes naturais,
pegue as que você já está acostumado — mais por uma questão de sabor do que por
qualquer outro detalhe.
Fonte : site superinteressante.com.br