Cientistas norte-americanos criaram um celular que promete eliminar a
necessidade de sempre ter uma tomada e um carregador por perto. O modelo, que
não precisa de bateria, capta a energia necessária para seu funcionamento dos
arredores – a partir de fontes como ondas de rádio ou a luz do ambiente. Essa
quantidade de energia, se comparada aos modelos atuais, é muito pequena, mas
suficiente para alimentar o aparelho. Para realizar chamadas de voz à distância
com consumo mínimo, o segredo está na forma como o
dispositivo trata o sinal.
Quando fazemos uma ligação por
telefone, nossa voz é captada em um formato analógico. Para que nosso aparelho
entenda a mensagem e ela chegue até quem estamos conversando, essa linguagem
tem de se transformar em digital. A mudança de formato é que permite às torres
de telefonia captarem o sinal que você está enviando e repassá-lo a quem está
do outro lado da linha.
Ao invés de realizar esse trabalho de
conversão, o novo celular mantém o sinal analógico durante todo o processo.
Registrando as vibrações captadas pelo microfone durante a ligação, o aparelho
encaminha o sinal para uma central de transmissão criada pelos cientistas. Isso
é possível por conta de uma técnica chamada backscatter, que reflete as
ondas de rádio emitidas pela central. Funcionando via Skype, a novidade permite
que você se comunique com dispositivos comuns, além de ligar para qualquer
número com um teclado touch screen.
Sua central de processamento também
conta com uma antena capaz de transformar ondas de rádio em energia útil, que
abastecerá o dispositivo durante a ligação. Além das ondas radiofônicas, a
antena também performou bem utilizando a luz ambiente – captada com a ajuda de
uma pequena célula solar (do tamanho de um grão de arroz). A técnica
garante que o consumo fique na casa dos 3.5 microwatts – bem menor do que os 800
miliwatts, em média, que os celulares convencionais costumam gastar
para desempenhar a mesma função.
Por ainda não funcionar com torres de
telefonia convencionais, é preciso manter-se próximo da antena especial. A
distância de operação (10m com as ondas de rádio e 15m usando luz) de fato
ainda é curta, principalmente pensando na mobilidade que os celulares costumam
oferecer. No entanto, os pesquisadores acreditam que a antena possa, no futuro,
vir acoplada de fábrica em roteadores de wi-fi, ou mesmo às torres de transmissão
convencionais.
Fonte : site superinteressante.com
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