Estudar neurociência parece ser uma atividade distante, reservada apenas
para biólogos, químicos ou psicólogos. Porém, entender como nossos neurônios
funcionam é importante não apenas para fins científicos – mas também para que
aproveitemos o melhor de nós mesmos.
A busca pela excelência por meio do estudo da mente
é importante, inclusive, quando se fala em empreender e inovar. Afinal, boas
ideias são, em sua essência, sinapses.
Veja algumas armadilhas preparadas pelo seu cérebro que podem
acabar com sua capacidade de ter ideias geniais:
1 – Você quer resolver os
problemas de todo mundo:
Nossa cabeça é uma “máquina de resolver problemas”.
Você pode escolher para qual atividade direcionar a energia que faz tal máquina
funcionar.
Um exemplo comum em empresas: o funcionário que diz
ter de resolver algum problema pelo qual seu colega ou outra área da empresa
está passando. “Muita gente busca ter mais foco, e uma grande dica é decidir a
quem ou a quais tarefas você não vai dar atenção.”
Por isso, pegue um papel e escreva atividades em
que você gasta tempo, mas não têm nada a ver com seu projeto de inovação. O que
você poderia parar de fazer hoje para aumentar seu foco? O primeiro passo para
a inovação é se concentrar e ter persistência nas suas metas.
2 – Você cria histórias para
não tomar atitudes :
Para justificar um comportamento, as pessoas
costumam criar histórias. Por exemplo: preciso acordar cedo porque tenho de ir
trabalhar. Com isso, posso conhecer novas pessoas e obter uma renda que
sustente futuros projetos.
Porém, o outro lado da moeda é criar histórias para
deixar de ter um comportamento – como não inovar. “Eu não inovo porque preciso
comprar servidores para montar meu sistema de big data“; “eu não inovo porque
meu chefe não me apoia”; “eu não inovo porque tenho uma multinacional e a matriz
não permite”; “eu não inovo porque não tenho tempo nem dinheiro.” Apenas
desacreditando nos contos de sempre é que você poderá se abrir para a inovação.
3 – Você não tenta criar novos hábitos :
Cada atitude que você decide tomar é, no fundo,
resultado de um conjunto de sinapses – transmissões feitas entre neurônios.
Um hábito é justamente ter esse “caminho neural”
consolidado, com o objetivo de conservar sua energia mental diária – acordar e
fazer o café de manhã todos os dias, por exemplo.
Para inovar, é preciso construir caminhos
diferentes. O preço a se pagar para a formação dessas novas conexão neurais é
chamado de “energia de ativação” pelos especialistas. É por conta do custo de
ativação dessa energia que as pessoas demoram para tomar atitudes: falta a
motivação para tal esforço, e você precisa encontrá-la se quiser ter ideias.
“O fato é: quanto vale a pena essa inovação que
você quer fazer? Como ela traz benefícios reais aos seus valores e ao mundo, a
ponto de você acordar todas as manhãs e querer tomar as atitudes que levarão a
essa inovação?”.
4 – Você esconde sua gestão de
si mesmo:
Ainda falando de hábitos.quando o violão era
guardado dentro de um armário na casa dos pesquisados por um mês, a média de
quem realmente havia tocado era de quatro dias seguidos. Já quando o violão era
deixado no meio da sala de estar, a média subia para 21 dias.
“Isso explica por que, em empresas como Facebook e Google, não há
barreiras para esconder informações – em armários ou sistemas, por exemplo. Uma
dica interessante para as empresas de vocês é fazer gestão à vista, por meio de
metodologias como scrum”.
5 – Você deixa o medo da
exclusão social tomar conta :
O que empreendedores como Jorge Paulo Lemann, Henry
Ford, Thomas Edison e Walt Disney têm em comum? Eles erraram muito antes de
alcançarem o sucesso.
Basta lembrar de uma palestra que Jorge Paulo
Lemann deu durante o evento Day1, da Endeavor: “Os pais educam os filhos para
que dê sempre tudo certo. E esquecem que, fazendo besteira, burrada, se aprende
muita coisa também. Deixem os filhos fazerem burradas”, aconselhou o
empresário.
Temos
dispositivos neurológicos que tentam nos proteger dessas situações e, assim,
deixamos de inovar”.É preciso fazer um trabalho de convencimento para superar
tais instintos biológicos e psicológicos, controlando seus instintos em prol de
uma meta racionalmente alcançável .
Fonte :site superinteressante.com
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