Que 2016 não é um ano favorável para o amor todo
mundo sabe. Mas não são só os famosos
que estão em crise. De acordo com uma matéria da rede americana CNN, nos Estados Unidos, a taxa de
divórcio está em cerca de 40% e muitos relacionamentos estão por um fio.
Uma pesquisa realizada pelo Centro Nacional de
Pesquisa de Opinião dos Estados Unidos, 60% das pessoas que estão em um
relacionamento atualmente afirmaram não estar satisfeitas. Os culpados?
Problemas financeiros, sexuais, filhos e… o smartphone!
Em média, um americano checa seu smartphone a cada seis minutos,
totalizando 150 vezes por dia. Isso faz com que o aparelho realmente se torne
uma fonte de conflito. Em um estudo, por exemplo, 70% dos participantes
disseram que a prática atrapalhou sua habilidade de interagir com o parceiro.
Certamente você sabe o que é e já deve ter passado por isso: você está no meio
de um encontro apaixonado quando percebe que a atenção do seu parceiro
está em outro lugar. Mas você também já deve ter sido um perpetrador desse
comportamento ao percorrer o seu feed no Facebook na presença de alguém.
Phubbing
Inclusive, esse comportamento recebeu o nome de “phubbing”. O termo
é uma junção das palavras em inglês phone (telefone) e snubbing (esnobar) e se
refere à frequência com que seu parceiro se distrai com seu smartphone na sua
presença. Para explorar o potencial efeito prejudicial dos smartphones nos
relacionamentos, James A. Roberts e Meredith David, do The Conversation, site independente de
notícias e opiniões da comunidade acadêmica e de pesquisa, decidiram conduzir
uma pesquisa com adultos que estavam em um relacionamento.
No estudo, 175 pessoas responderam a um questionário com nove
itens sobre com que frequência eles se sentiam “phubbed”, ou seja, trocados pelo smartphone de seus parceiros. A
pesquisa incluía afirmações como “meu parceiro colocar o smartphone em um
lugar onde ele possa ver quando estamos juntos” ou “meu parceiro usa o
smartphone quando estamos juntos”.
Os participantes da pesquisa também
completaram uma escala que mediu o quanto o uso de smartphones era uma
fonte de conflito em seus relacionamentos e outra que mediu o quão satisfeitos
estavam com sua relação atual, com suas vidas e se estavam deprimidos.
Smartphone e relacionamento
Os resultados mostraram que, de fato,
os smartphones são prejudiciais aos relacionamentos. Pessoas que
relataram maiores níveis de phubbing também relataram níveis mais elevados de
conflito relacionado ao uso de smartphones do que aqueles que relataram menos
phubbing. Como era de se esperar, níveis mais altos de conflitos relacionados
aos smartphones reduziram os níveis de satisfação com o relacionamento e
isso pode criar um efeito dominó: a redução da satisfação com o relacionamento
devido ao descontentamento do uso do smartphone pelo parceiro também se reflete
em uma redução da nossa satisfação com a vida, em geral, e nos faz sentir mais
deprimidos.
Mas afinal, por que o phubbing causa tanto estrago no relacionamento? De
acordo com os autores, existem duas possíveis explicações: a “Hipótese de
Deslocamento” sugere que o tempo gasto nos smartphones desloca (ou reduz) as
interações mais significativas com seu parceiro, enfraquecendo o
relacionamento. Ou ainda, a “Teoria de Conflito do Smartphone”, na qual o
dispositivo é uma fonte de conflito e leva à discussões. Essas, por sua vez,
contribuem para a redução da sua satisfação com o seu parceiro e com o
relacionamento.
Deixar o celular de lado
Ou seja, mesmo quando nós fingimos que não nos
importamos, quando nosso parceiro prefere ficar no smartphone do que interagir
conosco nós nos sentimos menos importantes e o relacionamento se fica um
pouco menos seguro. Portanto, se quiser manter seu relacionamento, tente deixar
o celular de lado pelo menos um pouco.
Fonte : site Veja.com
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