Na maioria das
vezes, sim, mas não em todos os casos. Dentre
os fatores envolvidos, o principal é a altura – o gato precisa de pelo menos
meio metro para conseguir rotacionar o corpo. Além disso, também são variáveis,
importantes a idade do gato, doenças que ele tem (ou já teve e influenciaram em
sua formação) e se ele estava dormindo quando caiu. Mas, em geral, um gato
adulto e saudável cai em pé, sim. Isso é possível graças a seus ossos flexíveis
e a um reflexo chamado “síndrome do gato paraquedista”. Durante a queda, a
cabeça do animal fica em posição desconfortável e ativa um conjunto de órgãos
responsáveis pelo equilíbrio dos mamíferos, o sistema vestibular. Em fração de
segundos, a musculatura rotaciona em direção ao solo e coloca o gato em uma
posição que aumenta o atrito com o ar, reduzindo a velocidade da queda e do
impacto. Mas não se engane: cair em pé não significa que os gatos não se
machuquem ao despencar de lugares altos. Lesões internas e ossos quebrados
podem acontecer. Se rolar com seu bichano, leve-o ao veterinário.
1. A cabeça em posição irregular faz aumentar a pressão no sistema
vestibular, que fica dentro do ouvido do gato (e de todos os mamíferos) e
auxilia na orientação
2. Dentro de um décimo de segundo, o cérebro manda impulsos elétricos
para a musculatura virar o corpo. A cabeça é a primeira parte a girar, de modo
que os olhos estejam virados para baixo
3. Enquanto a parte inferior do corpo rotaciona ainda de acordo com o
movimento de queda, a parte superior já começa a girar no sentido oposto. Como
gatos têm uma clavícula (osso que liga o tronco aos membros superiores) pequena
e sem função, é como se ela não existisse. Assim, eles têm mais flexibilidade
para mover as patas dianteiras
4. Seguindo a direção da parte superior do tronco, as patas traseiras
giram e se alinham às outras. A cauda ajuda a estabilizar o felino. As patas
dianteiras ficam estendidas para baixo. Elas ajudam o gato na orientação
durante a queda e reduzem o impacto
5. O gato arqueia a coluna e estende as patas, aumentando o atrito
com o ar e diminuindo a velocidade com que chega ao chão. Devido à sua baixa
densidade óssea e ao porte pequeno, o gato reduz bastante a velocidade de queda.
FONTES Livros Communicating with Your Cat,
de J. Anne Helgren, e The Cat Encyclopedia (vários
autores); sites The Naked Scientists, Way of Cats, Boing Boing e Today I Found
Out
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