quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O MANEJO DA ACNE

O quadro não envolve riscos para a vida do paciente, mas é inestético, em alguns casos desfigurante, relacionado a cicatrizes difíceis de tratar, o que gera estigmatização e desconforto social para os pacientes, principalmente os adolescentes.
A doença é multifatorial:
·        Envolvendo predisposição genética: Filhos de pais com acne apresentam maior chance de desenvolver a doença;
·        Excesso de produção sebácea: Devido às mudanças hormonais da adolescência, há aumento de produção da oleosidade natural da pele;
·        Hiperqueratinização folicular: Há produção excessiva de queratina com obstrução da saída da oleosidade que fica retida;
·        Ação bacteriana: Bactérias existentes no folículo piloso podem ocasionar processo inflamatório no local.
A escolha do tratamento é baseada fundamentalmente no tipo de lesão predominante e na gravidade do quadro. Outros fatores também considerados, incluem tratamentos já realizados e, história familiar de acne mais grave ou resistente ao tratamento. Nos casos mais leves poderá ser exclusivamente tópico, com uso de géis ou creme, associados ou não a sabonetes desengordurantes. Os antibióticos de uso tópico ou oral têm papel importante em casos moderados. Casos mais graves desde o início ou que não responderam aos tratamentos convencionais, podem ter indicação da isotretinoina, um medicamento muito eficiente, porém, com custos ainda altos e algum potencial de toxicidade, portanto, indicado com muito critério e usados sob constante monitorização com exames laboratoriais. O medicamento torna proibida a gravidez durante o tratamento e até seis meses após o seu encerramento. O grande objetivo do tratamento é promover o controle da acne antes de se estabelecerem cicatrizes, que são de difícil manejo, necessitando tratamentos sofisticados e mais caros, como por exemplo o uso do Laser.
Um quadro particular é a chamada acne da mulher adulta, que é definida como a acne que surge ou persiste após a adolescência ou início da vida adulta. As diferenças vão além da idade das pacientes, com peculiaridades sobre investigação hormonal e escolha de tratamentos diferentes dos da acne comum. A acne afeta negativamente a autoestima e o convívio social, sobretudo dos adolescentes. Atualmente há muitos recursos para o controle dessa doença, evitando sequelas e mesmo amenizando aquelas já existentes, garantido melhor qualidade de vida.

Fonte : Revista Saude atual

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