Agora que as
aulas vão recomeçar e que as famílias brasileiras andam envolvidas com as
compras do material escolar, vale a pena conhecer uma tradição japonesa que as
crianças de lá não ousam desafiar. Pra alegria dos pais.
Quando as crianças
japonesas vão pra escola, mal sabem que carregam com elas uma tradição. E
"carregar", neste caso, não é modo de falar. As mochilas de lá são
pesadas, têm um formato antigo e nenhum desenho de super-herói, banda de música
ou estrela do esporte.
A mochila
escolar de toda criança japonesa se chama randoseru. É um modelo tradicional -
que mudou muito pouco com o passar do tempo. E não tem essa história de comprar
uma mochila nova a cada ano, enjoou compra outra. Nada. Durante os seis anos do
ensino fundamental japonês, a mochila mostrada no vídeo vai ser a mochila do
Yutá.
Com oito anos,
Yutá mostra o que aprende na escola: e uma das lições é cuidar bem da mochila -
sem esquecer a capa de proteção. O modelo foi ele, garoto maduro, que escolheu.
Ele diz: "Prefiro assim, sem estampa, como a dos outros meninos".
Yutá e os amiguinhos não sabem, mas levam uma pequena fortuna pra sala de aula todo dia. Para durar tanto tempo, as mochilas são de couro. Se for um couro sintético, tem preço começando na casa dos R$ 1 mil. Mas pode chegar a mais de R$ 4 mil nas lojas, se for de couro de cavalo. Absolutamente macio.
Yutá e os amiguinhos não sabem, mas levam uma pequena fortuna pra sala de aula todo dia. Para durar tanto tempo, as mochilas são de couro. Se for um couro sintético, tem preço começando na casa dos R$ 1 mil. Mas pode chegar a mais de R$ 4 mil nas lojas, se for de couro de cavalo. Absolutamente macio.
Em tempos em
que tudo vem da China, a randoseru, não. Feita ao estilo japonês: os artesãos
ficam no chão, atentos a cada uma das 300 etapas de manufatura. Antigamente era
vermelha para as meninas e preta para os meninos, mas hoje já há algumas
combinações.
O dono da
empresa diz que poderia tentar fazer a randoseru mais barata, mas "usar um
material mais simples, ou ter menos rigor na fabricação teria um reflexo na
qualidade”, diz. E ele afirma: "a mochila não duraria seis anos".
Para que todos
tenham uma randoseru, as famílias se unem. Os pais do Yutá destacam que foram
os bisavós do menino que pagaram pela mochila, de couro de boi. A mãe lembra
que os avós, os pais, todos usaram mochilas assim, faz parte da cultura do povo
japonês.
As crianças
aprendem que tradição não é moda e se carrega para a vida inteira.
Fonte : site g1
Nenhum comentário:
Postar um comentário