Você consome proteínas de forma suficiente? O
componente, encontrado em alimentos de origem vegetal e animal, é essencial
para o bom funcionamento do nosso corpo. Ele também ajuda a perder peso, ganhar
massa magra e até afasta o desejo por alimentos calóricos. Por outro lado, sua
falta pode causar inúmeros problemas como fadiga, queda de cabelo e até baixa
imunidade.
Você chega em casa
depois do trabalho extremamente cansado, quase se arrastando? A dor nos
músculos é constante e não vai embora? Você perde cabelo na mesma velocidade com
a qual ganha rugas?
Nossos músculos, cartilagens, ligamentos, pele,
cabelo e unhas são compostos basicamente de proteína, que, por sua vez, é
constituída a partir de cadeias de aminoácidos. Entre as proteínas mais
famosas do nosso corpo estão, por exemplo, a hemoglobina, os anticorpos, certos
hormônios (como a insulina) e as enzimas. Tudo isso faz com que essas cadeias
de aminoácidos (blocos que formam as proteínas) sejam vitais não apenas para o
aporte de energia, mas também para a reparação de tecidos, a oxigenação do
corpo e o sistema imunológico.
Cada fonte de proteína – do peixe ao amendoim – contém “tipos diferentes”
de aminoácidos. Dos 20 diferentes aminoácidos existentes, nove são essenciais
para nosso organismo e só podem ser obtidos por meio de alimentos. No que
diz respeito às proteínas de origem animal (carnes, ovos, laticínios), quase
todas podem ser consideradas boas, pois são constituídas por todos ou a maioria
destes aminoácidos.
Para vegetarianos ou veganos, boas opções de
proteínas de origem vegetal com aminoácidos essenciais são leguminosas
(feijões, lentilha, ervilha), oleaginosas (amendoim, castanhas,
amêndoas), folhas verdes (couve e espinafre) e outros grãos como
quinoa e soja.
Confira abaixo cinco sinais de alerta emitidos
pelo corpo caso haja deficiência de proteína.
5 sinais da baixa ingestão de
proteínas
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1. Fadiga
Segundo a rede britânica BBC, a
fadiga excessiva ou crônica é o primeiro sinal de falta de proteína. Como a
deficiência desse composto é derivada diretamente de uma dieta pobre em
calorias, o organismo não dispõe de energia suficiente para cumprir tarefas
rotineiras. A ingestão diária recomendada pelos Instituto Nacional de Saúde dos
Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), ou seja, o consumo mínimo indicado
para uma pessoa se manter saudável, é de 0,8 grama de proteína por quilo de
peso. Ou seja, para uma pessoa de 60 kg, a quantidade de proteínas recomendada
por dia é 48 gramas. Segundo um estudo
publicado recentemente, a duplicação dessa quantidade recomendada diariamente
fornece o que os nutricionistas chamam de “nível proteico ideal” (tradução
livre do inglês ‘optimal protein’) e consiste em consumir de 15% a 25% do total
de calorias diárias a partir de fontes de proteínas. Na prática, isso
corresponde ao consumo total de 90 g a 105 g de proteína por dia que podem ser
divididos da seguinte forma: de 20 g a 30 g de proteína por refeição e de 12 g
a 15 g por lanche.
2. Fraqueza de cabelo e pele
O cabelo - e os folículos que os
sustentam - são feitos de proteína, por isso, elas são responsáveis por
mantê-lo saudável e em crescimento. Por isso, quando há falta dessas moléculas
o cabelo enfraquece. Essa é uma das razões pelas quais os cabelos de pessoas
que fazem dietas com baixo teor proteico tendem a crescer mais lentamente. E,
em casos extremos, pode ocorrer queda dos fios. As unhas e a pele também
dependem das proteínas para se regenerar. A pele é composta por três tipos de
proteínas: colágeno, elastina e queratina.
3. Perda de massa muscular
Um terceiro sintoma da
insuficiência de proteína é a redução da massa muscular, dificultando a
realização de atividades físicas. Em um nível muito avançado, esses distúrbios
musculares podem causar câimbras irritantes. Isto é muito importante, por
exemplo, para pessoas idosas, que tendem a perder massa muscular com o avanço
da idade. As proteínas presentes nos alimentos são formadas por vários tipos de
aminoácidos. Por exemplo, estudos mostram que a leucina, encontrada
principalmente em alimentos de origem animal, como carne bovina, cordeiro,
carne de porco, frango, peixe, ovos ou laticínios e, em menor quantidade em
alimentos vegetais como soja, nozes e sementes, preserva a massa muscular.
4. Doente com frequência
Uma das principais funções das
proteínas é apoiar o sistema imunológico. Sendo assim, uma dieta pobre em
proteínas nos deixa mais expostos a infecções e resfriados. Portanto, o quarto
alerta sobre a falta de proteínas é a frequência com que ficamos doentes.
5. Gases e prisão de ventre
Finalmente, a falta de proteínas
também está associada a problemas digestivos, como gases e constipação. Os
aminoácidos presentes nas proteínas são fundamentais para uma boa digestão.
Portanto, seus níveis em nosso corpo são diretamente proporcionais à ingestão
de proteínas.
Fonte : Site Veja.com