Muitas dicas de cozinha
são aprendidas com base na sabedoria popular. No entanto, algumas não
possuem base científica e acabam sendo desmistificadas com o tempo. Saiba quais
são elas :
Não usar azeite para
frituras
Você já deve ter ouvido
falar que não é recomendado usar azeite de oliva para fritar alimentos.
O motivo seria que as moléculas de gordura do azeite queimam a uma temperatura inferior ao dos
demais óleos, produzindo aldeídos e compostos químicos que interferem no sabor
e qualidade dos alimentos.
No entanto, o azeite de oliva não
representa nenhum malefício, seja para cozinhar ou para fritar. Ele gera níveis menores dessas
substâncias tóxicas e as substâncias que se formam são menos danosas para o
corpo humano.
Além disso, o azeite
é mais estável no aquecimento do que os outros óleos de fritura, pois contém maior quantidade de ácidos graxos
e monoinsaturados.
Selar a carne antes de
assar
Cozinhar a carne em fogo alto garante que ela fique suculenta e macia por dentro, certo?
Errado. Supostamente, selar, ou
seja, fritar a carne para criar aquela “crosta” na
superfície, antes de levá-la ao forno, protegeria seu interior
suculento. Porém, essa não é a melhor forma de manter a maciez e o sabor do alimento. Em
altas temperaturas, as fibras e os músculos da carne se contraem, fazendo com
que perca mais líquido. Quando selada ainda fria, a carne perde ainda mais
líquido porque demora mais tempo para atingir a temperatura ideal.
O mais indicado a fazer
é exatamente o contrário: assar antes de selar. Melhor ainda se deixar a carne
descansar, assim as fibras dilatam e conseguem absorver seu líquido, ficando
ainda mais suculenta. No entanto, mesmo que o
intuito não seja a maciez da carne, a selagem pode
ajudar a realçar o sabor devido à reação de Maillard,
o processo pelo qual açúcares e aminoácidos dos alimentos reagem ao calor,
produzindo sabores diferentes.
Temperar a carne de um
dia para o outro
Se você têm pressa para temperar, pode ficar mais tranquilo. Não adianta deixar a carne marinando por
horas. Por mais que ela fique a noite inteira envolta nos condimentos, eles vão ficar apenas na superfície da
carne. Apenas o sal e algumas moléculas
pequenas de açúcares e ácidos conseguem penetrar a carne por mais de poucos milímetros. Entretanto,
se você deseja amaciar a carne, a espera pode
valer a pena. Misturas ácidas, como o limão, evitam que a
parte externa da carne se decomponha e ajudam a “amadurecer” as fibras.
Cozinhar macarrão em
panelas grandes
Dizem que em panelas maiores, a água ferve mais rápido e há
mais espaço para que o macarrão não grude,
mas isso não é verdade. A mesma quantidade de macarrão irá baixar a
temperatura, independente do tamanho da panela. De acordo com artigo
publicado no periódico New Scientist, uma
panela menor precisa de menos energia para aquecer, exatamente por ter uma
superfície de contato menor.
Também não adianta colocar azeite
na água. Segundo a Sociedade Americana de Química, não faz diferença,
pois as substâncias não se misturam. Geralmente, o macarrão gruda nos primeiros 60 segundos, momento
em que o amido da superfície é liberado. Se o objetivo é evitar que o macarrão grude no fundo da panela, a melhor tática é a observação e o
cuidado na hora de colocá-lo.
Fonte :site veja.com.br
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