Caraterísticas do AVC
O derrame é a obstrução (AVC isquêmico) ou ruptura
(AVC hemorrágico) das artérias que irrigam o cérebro. Entre os fatores de risco
para o problema estão idade (pessoas com mais de 50 anos correm maior risco),
hipertensão, insuficiência cardíaca, diabetes, tabagismo, colesterol alto e uso
excessivo de bebidas alcoólicas.
Sintomas :
Quanto mais rápido for o diagnóstico e
início do tratamento de um derrame, menores as probabilidades de
complicações, risco de morte e desenvolvimento das sequelas. O problema é que
muitas vezes os sintomas passam despercebidos, porque as pessoas acham que é
uma simples dor de cabeça, tontura ou náusea, sem identificar esses quadros
como sinais de alerta do corpo. Outros sinais característicos de um AVC
são perda de força em metade do corpo, fala arrastada,
face torta e dor de cabeça súbita e muito intensa.
Diagnóstico :
Os especialistas indicam alguns testes que podem
ser feitos para ajudar a identificar o derrame: pedir à pessoa que
sorria com força (observar simetria e possíveis desvios da face); pedir
que levante os braços; que responda com frases simples
a comandos de baixa complexidade. Caso se confirme a suspeita clínica
de AVC, o paciente dever ser imediatamente submetido a uma tomografia
computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), que mostrarão se o AVC foi
isquêmico ou hemorrágico. Esses exames são fundamentais para o diagnóstico
do AVC na fase aguda e determinação do prognóstico e tratamento mais adequado.
AVC hemorrágico e
aneurisma
O aneurisma cerebral é
um problema genético e hereditário, caracterizado por uma fraqueza da parede do
vaso sanguíneo que ocasiona uma dilatação anormal. Segundo
Peixoto, no Brasil existem cerca de 2 milhões de casos por ano
conhecidos de aneurisma cerebral. “O principal sintoma de um aneurisma é uma
dor de cabeça frequente e que não cessa após a administração de analgésicos.”
Mas, muitas vezes, o paciente não apresenta nenhum sintoma e o problema não é
identificado. Daí a importância de filhos cujos pais tiveram um aneurisma
detectado realizarem, a partir da puberdade, uma angiorressonância para
verificar a existência – ou não – do problema.
De acordo com Peixoto, só há
recomendação para intervir no aneurisma de um paciente sem queixa caso o
aneurisma tenha mais de 5 milímetros de diâmetro. Se houver queixa em pacientes
com aneurismas menores, é preciso analisar a situação do paciente e fazer um
contraponto entre os riscos e benefícios do procedimento.
As opções disponíveis de
tratamento seriam a cirurgia por clip ou a embolização por
micromolas. Por outro lado, se não houver necessidade de intervenção, é
importante que o paciente faça um acompanhamento anual da evolução do quadro
por meio de uma angiorressonância.
Entre os fatores de risco para o rompimento de um
aneurisma estão idade, hipertensão, tabagismo e stress. “A pressão alta
também aumenta a pressão nas artérias do cérebro, o que propicia a ruptura. Por
isso não é recomendado que quem tem aneurisma viaje de avião.”, explica
Peixoto.
Se houve rompimento, as
opções de tratamento são a cirurgia ou a embolização . O procedimento escolhido dependerá da localização do
aneurisma e do estado clínico do paciente. Os sintomas mais comuns de um AVC
hemorrágico são dor de cabeça, desfalecimento, mal-estar, pressão baixa e
falta de ar. As possíveis sequelas são alterações ou paralisação motora em um
ou ambos os lados do corpo, alteração da fala, dificuldade visual e coma.
AVC isquêmico
Já o AVC isquêmico, quando há obstrução de alguma
artéria que nutre um território cerebral, é mais comum e corresponde a cerca
de 80% dos casos de derrame. Ele pode ocorrer devido a um “entupimento”
crônico do vaso sanguíneo ou por desprendimento de uma placa ou fragmento
(êmbolo) que pode se alojar em um local vascular mais distante.
Caso o AVC seja isquêmico, se o tempo decorrido do
início dos sintomas ao diagnóstico for de até três horas, o paciente poderá ser
selecionado para a trombólise, que consiste na desobstrução da artéria
responsável pelo quadro .
Fonte : site veja.com
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