terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

CUIDADO COM OS OLHOS : TABLET E SMARTHPHONE

A verdade é só uma : crianças que passam muito tempo utilizando tablets e smarthphones serão vítimas de síndrome pediátrica do olho seco, caracterizada pela evaporação mais rápida do canal lacrimal.
Um dado interessante refere-se quando as crianças deixam de usar  seus telefones por cerca de um mês, os sintomas de olho seco melhoram significativamente.
De acordo com estudos da Academia Americana de Oftalmologia, quando olhamos para telas de smarthphones, tablets e computadores por muito tempo, por haver menor distância de visão em telas significativamente menores, piscamos menos. Isso faz com que haja maior esforço dos olhos e, assim, adquirimos a chamada vista cansada. Isso pode levar a evaporação mais rápida do canal lacrimal e, consequentemente, evoluir para a síndrome do olho seco: quando a produção de lágrimas é menor do que deveria e provoca uma anomalia na produção natural de muco e lubrificação do órgão da visão.
Tal situação, muitas vezes incômoda, pode afetar negativamente a visão da criança e, consequentemente, prejudicar seu desempenho escolar.
Segundo o oftalmologista Luis Eduardo Rebouças de Carvalho, do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, devemos piscar o mesmo número de vezes que respiramos. Ou seja 16 vezes por minuto, em média. Quem usa um tablet, por exemplo, tem uma redução no número de piscadas e, como consequência, a quantidade de lágrimas sobre a superfície da córnea fica reduzida. Além da ardência, a visão pode ficar embaçada e parcialmente reduzida.  “Em longo prazo, isso pode provocar alterações na curvatura da córnea e até mudanças na graduação do olho”,diz.
No final do ano passado, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou um manual de orientação para médicos, pais, educadores, crianças e adolescentes. O foco é a “Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital”. O documento inédito no país foi inspirado em estudos e recomendações internacionais e adaptadas à realidade nacional.
Desde então, a entidade recomenda que telas sejam proibidas para bebês com até dois anos – principalmente nas refeições ou antes do sono. Entre os dois e os cinco anos, acreditam que o limite é que o uso seja de uma hora por dia. Até os seis anos, crianças não devem ter contato com jogos violentos e, até os dez anos, crianças não devem ter televisão ou computador nos próprios quartos para evitar que fiquem vulneráveis a conteúdos inapropriados.
Fonte : site Veja.com



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