A verdade é só uma :
crianças que passam muito tempo utilizando tablets e smarthphones serão vítimas de síndrome pediátrica
do olho seco, caracterizada pela evaporação mais rápida do canal lacrimal.
Um dado interessante refere-se
quando as crianças deixam de usar seus telefones por cerca de um mês, os
sintomas de olho seco melhoram significativamente.
De acordo com estudos da
Academia Americana de Oftalmologia, quando olhamos para telas de smarthphones, tablets e computadores por muito
tempo, por haver menor distância de visão em telas significativamente menores,
piscamos menos. Isso faz com que haja maior esforço dos olhos e, assim,
adquirimos a chamada vista cansada. Isso pode levar a evaporação mais rápida do
canal lacrimal e, consequentemente, evoluir para a síndrome do olho seco:
quando a produção de lágrimas é menor do que deveria e provoca uma anomalia na
produção natural de muco e lubrificação do órgão da visão.
Tal situação, muitas vezes
incômoda, pode afetar negativamente a visão da criança e,
consequentemente, prejudicar seu desempenho escolar.
Segundo o oftalmologista Luis Eduardo Rebouças de
Carvalho, do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, devemos piscar o mesmo
número de vezes que respiramos. Ou seja 16 vezes por minuto, em média. Quem usa
um tablet, por exemplo, tem uma redução no número de piscadas e, como
consequência, a quantidade de lágrimas sobre a superfície da córnea fica
reduzida. Além da ardência, a visão pode ficar embaçada e parcialmente
reduzida. “Em longo prazo, isso pode provocar alterações na
curvatura da córnea e até mudanças na graduação do olho”,diz.
No final do ano passado, a Sociedade Brasileira de
Pediatria (SBP) divulgou um manual de orientação para médicos, pais,
educadores, crianças e adolescentes. O foco é a “Saúde de Crianças e
Adolescentes na Era Digital”. O documento inédito no país foi inspirado em
estudos e recomendações internacionais e adaptadas à realidade nacional.
Desde então, a entidade recomenda que telas sejam
proibidas para bebês com até dois anos – principalmente nas refeições ou antes
do sono. Entre os dois e os cinco anos, acreditam que o limite é que o uso seja
de uma hora por dia. Até os seis anos, crianças não devem ter contato com jogos
violentos e, até os dez anos, crianças não devem ter televisão ou computador
nos próprios quartos para evitar que fiquem vulneráveis a conteúdos
inapropriados.
Fonte : site Veja.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário