O jornal americano New York Times quer
saber: o que é um chester? Para responder a própria pergunta, o NYT fez uma
matéria bem-humorada sobre esta espécie de frango, produzida no Brasil. O texto
chega a apontar as lendas urbanas que cercam a existência do chester. Seria ele
um cruzamento entre avestruzes e perus? Seria ele um experimento laboratorial?
Seria uma criatura que migrou do Polo Norte para o Brasil? Por que ninguém
nunca viu um chester vivo?
Para desvendar o mistério, o jornal consultou um
porta-voz da BRF, empresa dona da marca Perdigão, que detém a licença para
vender o produto com o nome de chester. A resposta, disse o porta-voz, não
poderia ser dada objetivamente, por causa do segredo mantido pela própria BRF
em torno da criação da superave. Mas o porta-voz garantiu: “não são frangos
alimentados com antibióticos ou hormônios para acelerar seu crescimento”.
A Perdigão diz, em seu site que “o chester é um
frango de uma linhagem especial, que foi escolhida a dedo e é criada para ter
mais peso e menos gordura, além de mais carnes nobres e uma cara suculenta”. Ou
seja, o chester seria somente um frango maior, com menos gordura e grandes
quantidades de peito e coxa. Em proporção, mais de 70% da ave é composta por
estas “carnes nobres”, contra 45% em um frango comum. Vale lembrar que outras
empresas também vendem uma espécie de superfrango nas épocas festivas, mas
embalam o produto com outro nome. No caso da Seara, por exemplo, o nome dado é
Fiesta.
A origem dos chesters remeteria ao final da década
de 70, quando avicultores brasileiros foram aos Estados Unidos selecionar os
tais frangos maiores, com menos gordura. O chester é, na verdade, resultado de
doze anos de seleção genética artificial. A ideia era lançar um produto que
concorresse com o peru no Natal. Desde então, a produção de chester é feita
pela BRF, em um lugar restrito, para evitar que haja cruzamento genético com
outras aves. Está aí a resposta do porquê ninguém viu um chester vivo.
Fonte : site Veja.com
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