Se você é fã de um bife bem assado ou não resiste à
crocância de alimentos duplamente fritos, você pode precisar se controlar. De
acordo com um estudo publicado recentemente no periódico Nutrition , esse hábito pode aumentar seu risco
de doenças cardíacas.
As frituras já são inimigas conhecidas da saúde cardiovascular e da
circunferência abdominal, devido ao excesso de calorias e óleo associado a esse
tipo de preparo. Mas, segundo informações da rede americana CNN, o novo estudo, sugere um novo “problema” associado
a esses alimentos: os subprodutos associados à alta temperatura durante o
cozimento.
Quando os alimentos são preparados em altas temperaturas eles liberam
compostos químicos chamados de contaminantes neoformados (NFCs, na sigla em
inglês). Esse grupo inclui as chamadas gorduras trans, famosa por aumentar
o risco de infarto..
Temperatura
“A ênfase está na temperatura”, enfatizou a
pesquisadora. Mais precisamente, na temperatura do óleo. “Este
estudo mostra que por meio do aquecimento e da fritura, você pode
transformar óleos que parecem ser perfeitamente saudáveis em algo
insalubre.”, disse Michael Miller, professor de medicina cardiovascular no
Centro Médico da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, que não estava
envolvido na pesquisa, à CNN .
O grupo também olhou para outros subprodutos de
óleos aquecidos até altas temperaturas, chamados produtos avançados de
glicogênio final. Também conhecidos por sua associação com um aumento do risco
cardíaco. Para ilustrar o peso do tipo de preparo na formação desses
compostos, usou-se o exemplo de cozinhar uma galinha. Quando ela é
cozida, esse processo libera uma média de 1.000 produtos finais de
glicogênio, enquanto assar e fritar produzem 4.000 e 9.000,
respectivamente.
Apesar dos resultados, tanto o autor quanto Miller
concordaram que ainda é necessário mais investigação, já que a relação é
apenas uma hipótese, pois não foi testada em nenhuma população, apenas
observada. Mas, enquanto isso, ambos sugerem reduzir a temperatura na
cozinha e evitar ferver óleos ou ingerir alimentos fritos.
Por outro lado, eles estão cientes que é
praticamente impossível cortar completamente esse tipo de alimento ou preparo,
por isso, sugerem o consumo moderado. “Comer uma refeição não vai aumentar
seu risco cardíaco, mas fazer isso dia após dia, em uma base diária, sim”,
finalizou Miller.
Fonte : site veja .com
Nenhum comentário:
Postar um comentário