O Japão já foi sinônimo de produto
eletrônico. Mas acabou ultrapassado pela China e pela Coreia, e hoje as
empresas japonesas perdem mercado e amargam prejuízos. Até que uma delas teve
uma ideia. "Nós paramos de fabricar chips em uma de nossas fábricas.
Resolvemos começar a produzir verduras", diz Rishad Marquardt, porta-voz
da Fujitsu, gigante de tecnologia com 168 mil funcionários. A empresa decidiu
converter sua fábrica em Aizu-Wakamatsu (300 km de Tóquio) numa usina de
produção de alface. Os chips de computador são fabricados em salas ultralimpas,
onde a qualidade do ar é rigidamente controlada, pois a mínima contaminação
pode estragá-los. E os japoneses perceberam que isso também poderia ser ótimo
para verduras. Como a sala é estéril, a alface não está sujeita a pragas,
dispensando o uso de agrotóxico. E, depois que é colhida, ela dura até três
semanas, bem mais do que a alface comum. Atualmente, a fábrica produz 3.500 pés
de alface por dia, vendidos nos supermercados do Japão a R$ 12 cada um. É 30%
mais caro do que a versão comum. Mas a superalface tem 80% menos potássio, o
que a torna indicada para pessoas com problemas nos rins - e supostamente dá à
verdura um sabor adocicado. Sharp, Toshiba e Panasonic também têm projetos
relacionados à produção de verduras. Se derem certo, o próximo hit tecnológico
japonês não será digital. Será comestível.
Fonte : Site Superinteressante
Nenhum comentário:
Postar um comentário