Pesquisadores
identificaram que uma das principais pragas que atingem a banana ficou mais
forte – o que pode significar a extinção da fruta em um período entre 5 e 10
anos. Os especialistas, da Universidade da Califórnia Davis, sequenciaram o DNA
de dois dos três tipos de fungos Sigatoka e identificaram que eles se
modificaram, aumentando ainda mais seu poder destrutivo contra a fruta. Segundo
os pesquisadores, conhecer a sequência genética desses fungos é um
passo importante para buscar alternativas que contenham a ameaça à fruta
tropical mais popular do mundo.
A doença é causada por três tipos diferentes de
fungos. Segundo o estudo, publicado recentemente na revista científica Plos Genetics, os pesquisadores sequenciaram dois deles.
Ao compará-los com um sequenciamento de DNA previamente conhecido da Sigatoka,
identificaram que eles não só acabam com o sistema imunológico da planta, como
adaptam seu metabolismo ao da bananeira, permitindo captar mais nutrientes
da hospedeira. Além disso, eles também estão cada vez mais
resistentes aos agrotóxicos.
Ainda de
acordo com o estudo, a banana nanica, famosa na mesa do brasileiro – e a mais
consumida do globo –, tem seus descendentes em uma única planta, já que são
estéreis. É como se todas elas fossem clones de uma banana nanica inicial. Com
a larga expansão dos fungos Sigatoka, é possível que em um curto período de
tempo, os produtores não consigam mais plantar bananas nanicas saudáveis – pois
estarão todas infectadas. Hoje, a doença consegue exterminar com 50% a 70% dos
campos de bananas se não for controlada.
Extinção
Recentemente, estudiosos já haviam alertado sobre o risco da banana estar com os dias contados. Segundo um
estudo da Universidade de Wageningen, na Holanda, publicado na revista
científica PLOS Pathogens, um fungo que
provoca uma variação do mal do Panamá – praga conhecida como Tropical Race 4,
ou TR4, também ameaça a fruta.
Agora que
os pesquisadores conseguiram sequenciar os genes de uma das principais causas
das perdas de grandes plantações de bananas, existe uma possibilidade de
proteger a fruta. “Pela primeira vez, compreendemos o genoma básico dessas
doenças causadas por fungos. Isso nos dá uma oportunidade de intervir”, disse
Ioannis Stergiopoulos, patologista vegetal molecular da UC Davis, em um
comunicado.
Fonte :
Veja .com
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